A pessoa pode ser obcecada por bodybuilding / fisiculturismo. OK, são os valores dela e é obrigação minha respeitar.
A pessoa pode ser um zero à esquerda em questões intelectuais. Tudo bem também, todo mundo é ignorante em alguma coisa, defeito é fingir saber o que não sabe ou não saber que não sabe.
Mas perder o tempo dela respondendo ao movimento negro dizendo que vai usar camisa “100% branco” ou dizendo que tem orgulho de ser branco, ou ainda responder ao movimento gay falando em “orgulho hetero” e “heterofobia”, não é apenas ter valores diferentes dos meus ou ignorância, é perversidade e mal-disfarçada racionalização freudiana para
uma forma de pensar animalesca, que corrobora com o “nós contra eles”, que não promove a integração necessária para o avanço da humanidade. Ter orgulho de ter um fenótipo privilegiado por razões históricas ou ter orgulho por ter nascido no lugar X e não no lugar Y não é diferente do comportamento de um cachorrinho que se apega a um osso velho e podre só porque foi a melhor porcaria que conseguiu.
A gente tem que se orgulhar por realizações, ou para afirmar não se sentir diminuído por pertencer a uma categoria desfavorecida. Orgulho de ser branco ou de descender de europeus é para idiotas que não têm realização alguma da qual possam se orgulhar: afinal, a suposta superioridade da brancura sobre a negritude e da Europa sobre os demais rincões do mundo foi conquistada com a brutalidade dos nossos antepassados.
Se orgulhar do status quo é para aqueles seres limitados que nunca experimentaram a delícia que é ser diferente das pessoas que amamos.
Autor: Eli Vieira
Fonte: Bule Voador
Fonte: Bule Voador
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