quinta-feira, 28 de julho de 2011

Me prove que deus NÃO existe!



Que ateu nunca escutou este velho argumento falacioso:


"Prove que deus não existe!"


ou


"Você não pode provar que ele não existe!"


Porem essa argumentação possui falhas enormes, basicamente duas falacias, que são:




Argumentum ad ignorantiam (Argumento da ignorância)




A falácia do argumento da ignorância ocorre quando alguem tenta argumentar que algo é verdadeiro porque se não provou ser falso, ou argumentar que algo é falso por não se ter provado se...
r verdade. 


Esta falácia seria melhor designada por "falácia da falta de prova suficiente do contrário". 
Porque a falácia não pretende afirmar que a pessoa é ignorante. A sua irrelevância baseia-se no facto de que a falsidade de uma afirmação deve ser mostrada refutando provas dela, não apontando o facto de que o seu proponente não provou que era verdadeira. 


Não posso provar que a teoria de Einstein da relatividade é verdadeira, mas isso não é relevante para a verdade ou falsidade da teoria. Não posso provar que extraterrestres visitaram este planeta e invadiram o corpo de Rush Limbaugh, mas isso não tem relevância para a questão de tal afirmação ser verdadeira.


Se pensar em ignorância como sem conhecimento, o nome desta falácia não é tão enganador como pode parecer. A falácia ocorre quando a falta de conhecimento de que uma posição é verdadeira leva à conclusão de que a posição oposta é verdadeira. 


O argumento da ignorância parece ser mais sedutor quando usado para apoiar o que os americanos chamam "wishful thinking" (pensamento voluntarioso?). 


Pessoas que querem acreditar em projeção astral, por exemplo, são susceptíveis de pensar que a falta de provas do contrário das suas crenças é de algum modo relevante para as suportar.






Inversão do ônus da prova


É uma falácia que consiste em isentar-se de provar uma afirmação feita, exigindo que o outro prove a que essa não é válida. Assemelha-se ao argumento da ignorância. Se alguém quer provar que tal coisa é verdadeira, precisa testá-la tautologicamente e não exigir que alguém que não a defende prove a sua falsidade.


Ou seja, a pessoa que realiza a afirmação, "Tenho certeza absoluta da existência de deus" deve provar para quem duvida que sua afirmação tem fundamento, não é obrigação do interlocutor provar a falsidade do argumento.



Uma argumentação baseada na Inversão do ônus da prova assume geralmente seguinte forma:
Eu afirmo algo.
Você não aceita isso.
Então você deve provar que isso é falso.
É, portanto, invertida a ordem lógica que deveria ser:
Eu afirmo algo.
Você não aceita isso
Então eu devo provar que isso é verdadeiro.




---


Nota:
Ateus agnósticos, não afirmam certeza da inexistência de deus, pois não se pode provar esta afirmação, assim como não se pode provar a inexistência de unicórnios ou duendes, como ateu não digo que deus não existe, eu digo que não a motivos para acreditar mais em deus do que em papai noel ou coelho da pascoa.


Uma sátira a Pat Condell a este ponto é:
"Deus não existe!, eu sei!, não posso provar mas tenho fé!"










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Um comentário:

  1. O problema não está na crença da existência ou não de Deus, pois se existimos é porque algo nos criou. O problema está na NATUREZA do criador. O Universo é INFINITO, portanto, nada pode criar o Infinito, uma vez que nada pode ser maior que ele. Então só nos resta uma alternativa: O próprio Universo é o Criador. Mas para isso ele deve ser um CAMPO INFINITO DE ENERGIA e os cientistas já chegaram a conclusão que o Universo é permeado por uma ENERGIA ESCURA (nome dado porque eles não a veem). É uma ENERGIA INTELIGENTE, pois é regida por uma LINGUAGEM MATEMÁTICA. Entretanto não Consciente, pois não faz sentido a existência de um ser que não conhece sua própria dimensão, já que é infinito (pelo menos, segundo Huberto Rohden esta forma de consciência que conhecemos). Para quem quer se aprofundar neste assunto escrevi o livro O MITO DO DEUS PAI publicado pela Editora Biblioteca 24X7 que discute o Universo Inteligente, senhor de sua própria criação. Entretanto, este não é um livro materialista, pois mostra que somos quantidades ínfimas de energia gerada pela vibração da Inteligência Infinita até adquirimos consciência através das sucessivas reencarnações em corpos materiais até evoluirmos para Seres Superiores (Espíritos de Luz).

    Recebi um E-mail que trazia uma lenda cherokee da iniciação de um jovem ao estado adulto. Nela ele ficava de olhos vendados a noite toda a mercê de toda sorte de perigos, mas ao acordar e tirar a venda dos olhos viu que seu pai estava ao lado dele o tempo todo. Comparava a mensagem a Deus nos protegendo. Respondi então: Se Deus está ao nosso lado, por que então ele não protege seus "filhos" como o pai do índio e evita tanta desgraça, tanto assassinato no meio do mundo? Tudo isso é porque nos confundimos com nossos corpos que se vão e assim achamos que precisamos de uma proteção. É o medo da dor, do sofrimento. Porém, se entendermos que somos espíritos (energia) que apenas ocupamos corpos materiais veremos que o Grande Mestre Jesus tinha razão quando disse: Vós sois deuses!!!

    Infelizmente, este é um assunto sobre o qual as pessoas se recusam a falar e até a pensar. Elas têm medo, horror mesmo do desconhecido e isso leva ao comodismo de aceitar as explicações burlescas dos religiosos inclusive de que quando se sofre é por que o deus pai gosta muito de nós e está nos pondo a prova para ver nossa o grau de nossa fé. Esta é a desculpa que os religiosos têm par justificar a miséria humana. Como psicanalista em formação posso assegurar que esta é uma atitude de transferência dos nossos pais biológicos que nos protege quando criança para um pai mais poderoso que nos protegerá quando adultos. Esta é a razão pela qual nossos antepassados tomaram os extraterrestres que assomaram em nosso céus como deus e sua comitiva de anjos que vieram trazer justiça à Terra, fazendo prosperar os bons e aniquilando os maus, imagem esta bem retratada nos textos bíblicos e que perdura até hoje, mas o Infinito não pode se reduzir ao finito (aspecto humano). Assemelho esta condição a de um personagem de nossa história (não sei se verdadeira) chamado Diogo Álvares que preso pelos índios inflamou um pouco de aguardente e apontou para o rio. Resultado: o mesmo que os nossos antepassados e ele acabou casando com a filha do cacique.

    Pedro Cabral Cavalcanti – pcabralcavalcanti@gmail.com

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